Anta do Monte Ruivo, Elvas
Com o objectivo de travar processos de degradação progressiva e contribuir para a preservação futura da Anta do Monte Ruivo, a ERA, realizou aqui, em 1998, um conjunto de trabalhos de conservação e restauro. Este sepulcro megalítico integra o Circuito Arqueológico das Antas de Elvas, implementado e gerido pela Direcção Geral do Património Cultural (DGPC).
Os trabalhos foram concretizados na sequência de um concurso lançado por aquele Instituto, no âmbito de um programa que também incluía trabalhos de investigação arqueológica, nomeadamente, a sua escavação prévia. Este último facto é particularmente relevante, já que sem a intervenção arqueológica não seria possível conhecer os materiais utilizados na construção originalmente aplicadas pelos seus construtores.
O registo arqueológico e a análise das realidades detectadas permitiram obter, de forma perfeitamente integrada, um restauro e uma reposição da estrutura detectada. A obtenção de dados arqueológicos relacionados com contextos megalíticos de Elvas decorre de uma dupla acção que neste caso tem sido complementar e em ambos os casos renovadora dos dados clássicos provenientes de trabalhos antigos realizados, sobretudo, por António Dias de Deus, Abel Viana e o casal Leisner.
Assim, por um lado, refira-se os trabalhos de prospecção e escavação de contextos funerários e habitacionais realizados no âmbito de um projecto de investigação de Miguel Lago e João Albergaria; por outro, os trabalhos que o IPPAR veio progressivamente a desenvolver a propósito da dinamização turístico-arqueológica deste conjunto monumental. Desta forma tem sido possível, desde 1989, prosseguir de forma mais ou menos sistemática um processo que fora interrompido nos anos cinquenta.