Barragem de Ribeiradio, Rio Vouga
Os trabalhos arqueológicos na Barragem de Ribeiradio, Rio Vouga, em 1999, enquadraram-se numa perspectiva de avaliação e caracterização dos elementos arqueológicos e patrimoniais existentes na área a afectar pelo aproveitamento hidráulico.
Segundo a proposta que a ERA-Arqueologia apresentou ao Instituto da Água, as tarefas realizadas consistiram na realização de prospecções arqueológicas, levantamentos topográficos e fotográficos, diagnóstico de estado de conservação de uma ponte e elaboração de um relatório final.
A necessidade de realizar um estudo sistemático e fundamentado do ponto de vista histórico, etnográfico e arquitectónico revelou-se essencial para a caracterização de elementos afectados neste empreendimento pela subida das águas. O impacte patrimonial foi determinado a partir da ponderação do grau de valor patrimonial de cada sítio e do grau de afectação da obra, tendo as medidas de minimização sido propostas a partir do tipo de impacte em cada sítio.
Porém, com as excepções da Ponte do Cunhedo e da Ponte Luís Bandeira, os sítios identificados não tinham grande valor patrimonial. Tinham, sobretudo, um elevado valor etnográfico e cultural (por exemplo, moinhos de água), mostrando-se importante realizar trabalhos de etnografia e sociologia dedicados à investigação das relações entre as populações locais e o meio ambiente.