Estação arqueológica de Milreu (Faro)
A campanha de 1998 na estação arqueológica de Milreu iniciou-se com o objectivo de sondar a área do futuro centro interpretativo e saber a viabilidade do projecto inicial. Dada a proximidade com a área onde passaria o antigo caminho romano, considerou-se importante procurar perceber a continuidade deste.
As sondagens arqueológicas efectuadas na zona oeste do recinto que hoje delimita a área visitável do sítio arqueológico de Milreu revelaram a presença de uma inesperada área de enterramentos.
A necrópole caracteriza-se por três tipos de sepulturas: estrutura em alvenaria, constituída por tijolo, pedras pequenas e argamassa e com o fundo revestido a tégulas, de forma trapezoidal; escavadas em parte na rocha, com as paredes revestidas a tijolo apenas junto ao pés e coberta na mesma área com tégulas sobrepostas e uma laje de pedra; de forma rectangular com os cantos arredondados; simples, escavadas em parte na rocha, de forma oval, rectangular com os cantos arredondados ou de forma oval em que um dos lados é mais estreito.