Outeiro do Castelinho, Alandroal
A intervenção arqueológica realizada no sítio do Outeiro do Castelinho enquadrou-se numa perspectiva preventiva de emergência face aos trabalhos de remoção de terras decorrente da abertura de uma vala e poço de rega no âmbito do emparcelamento rural do Alqueva.
Visando minimizar os danos ocorridos, os trabalhos consistiram na limpeza e registo dos cortes da vala aberta e realização de sondagens nas áreas que apresentassem potencial arqueológico. Pretendia-se caracterizar e avaliar o potencial científico e patrimonial do sítio, de forma a fazer um diagnóstico e avaliar impactes da obra, e contribuir para o processo de conhecimento e investigação do local.
Tendo-se confirmado a existência de estruturas preservadas na vala, a funcionalidade das mesmas não ficou, contudo, esclarecida, sendo a área muito restrita e os materiais associados muito escassos. Também as cronologias de ocupação/abandono foram difíceis de estabelecer.
Os materiais passíveis de atribuir cronologias foram datados como do período Alto Imperial romano, correspondendo apenas a dois pequenos fragmentos de terra sigillata, muito pouco para extrapolar. Assim, embora não se sabendo quando este espaço foi edificado, pôde afirmar-se que foi ocupado entre o séc. I/II d.C. (datação genérica que abarcou as duas produções de terra sigillata identificadas).