Conservação de bens arqueológicos, Museu de Torres Vedras
Os trabalhos de conservação de bens arqueológicos patentes em exposição temporária no Museu de Torres Vedras foram adjudicados à ERA-Arqueologia pela Câmara Municipal de Torres Vedras. Os bens em questão são dois fragmentos de bordo de vasos campaniformes provenientes do sítio arqueológico Castro de Santiago.
O objectivo consistiu em restituir a forma física destes objectos. Durante os trabalhos, para além da parte descritiva, foi realizado o registo fotográfico dos objectos antes e após a intervenção, concretizada em 2008.
O primeiro fragmento era composto por 12 elementos ligados por resina nitrocelulósica (segundo o fiel depositário do espólio). Com o acidente ocorrido, a peça fragmentou-se em 13 partes principais, ficando duas delas desligadas do conjunto. Ou seja, não existiu apenas a quebra da resina, mas também uma quebra de resina intercalada com a quebra de cerâmica, tendo por isso ficado mais um elemento no conjunto e pequenas lascas aderentes na linha de contacto.
O segundo fragmento compunha-se por 11 elementos ligados por resina nitrocelulósica (segundo o fiel depositário do espólio) e dois preenchimentos, que para além de integrarem visualmente o conjunto permitem uma maior ancoragem entre as várias partes. O elemento mais afastado do bordo encontrava-se destacado do conjunto por quebra da resina.
O restabelecimento da integridade dos conjuntos foi feita a partir da remoção dos restos de resina não funcional com pachos de algodão com acetona e colocação de nova resina. Para não introduzir mais um elemento estranho ao conjunto, optou-se por utilizar novamente uma resina nitrocelulósica.