Circuito Hidráulico de Roxo-Sado, Monte do Brás da Gama
A ERA-Arqueologia realizou sondagens de diagnóstico no sítio do Monte do Brás da Gama, no contexto da execução do Bloco de Rega Roxo-Sado (Fase de Obra). Estes trabalhos decorreram, na primeira fase, entre os dias 30 de Junho e 1 de Julho de 2015. Posteriormente, foi solicitado o alargamento da sondagem 2, com execução a 21 de Julho.
Foram realizadas seis sondagens manuais com o objectivo de caracterizar um conjunto de realidades de possível interesse arqueológico. As sondagens revelaram a presença de várias estruturas negativas, de natureza possivelmente antrópica e características muito semelhantes, no interior das quais não foram detectados materiais arqueológicos.
Uma destas estruturas parecia destruir parcialmente uma outra estrutura negativa, de origem antrópica, que apresentava sinais de combustão. Tratava-se dum negativo de pequenas dimensões e forma oval, cuja base se encontrava coberta de pedras. Estas pedras apresentavam-se alteradas pelo fogo, assim como as suas paredes e fundo, abertos num nível de composição argilosa, ligeiramente rubefactos.
A ausência de materiais arqueológicos e de macro-restos orgânicos impediu qualquer ensaio cronológico ou funcional para a estrutura citada, para além da sua utilização como local de combustão. Também na sondagem 4 se verificou a preexistência de uma interface negativa, que foi posteriormente cortada parcialmente por uma segunda estrutura de maiores dimensões, desconhecendo-se as suas funcionalidades.
Todos os contextos escavados corresponderam a interfaces negativas, na sua totalidade apenas preenchidas por um único sedimento lodoso de cor castanho escuro, não se tendo observado a existência de quaisquer materiais arqueológicos nos referidos depósitos de enchimento.