Rua do Arco do Marquês de Alegrete
Os trabalhos arqueológicos realizados na Rua do Arco do Marquês de Alegrete tiveram como objectivo o diagnóstico no âmbito do plano de medidas de minimização do PRR 31 - EPAL. A área afectada pela abertura de valas localiza-se numa zona Nível 1, em termos arqueológicos, do PDM da cidade de Lisboa, sendo necessária a realização de sondagens de diagnóstico sempre que não tenha sido já aberta.
Assim, foram implantadas seis sondagens de modo a incidir no novo traçado das infraestruturas e abranger a maior área possível. Nas sondagens 1, 3, 4 e 6 foram identificadas várias valas de fundação de infraestruturas: electricidade, gás, telecomunicações, água e sinais luminosos de trânsito (SLAT). Estas valas poderiam ter implicado a destruição de contextos preservados ali existentes. Nas sondagens 2 e 5 verificou-se a presença de betão que teria sido a base de suporte de candeeiros de rua.
Relativamente às sondagens 1 e 2, saliente-se que foram abertas por meios mecânicos, tendo como objectivo a maior celeridade da escavação, uma vez que se localizavam numa zona de bastante trânsito de pessoas, automóveis e transportes públicos. No que concerne a estruturas, apenas na sondagem 4 se verificou a presença de duas: uma construída em tijolo e cimento e outra em calcário e cimento, também de cronologia muito recente.
Importa ainda referir que a existência de várias valas de implantação de infraestruturas e de betão reduziu bastante o espaço de escavação, o que levou a alargamentos na sondagem 1, 2, 3 e 4. No entanto, apenas foi possível atingir a cota máxima de afectação nas sondagens 1 e 4.