Bloco de Rega de Orada – Amoreira, sítio Monte da Talabita 1
No âmbito da minimização de impactes sobre o património cultural decorrentes da obras de implementação do Bloco de Rega de Orada – Amoreira (fase prévia à obra), realizaram-se acções em parte revestidas de uma natureza de diagnóstico, nomeadamente no caso das escavações arqueológicas. Pretendia-se assim recolher informações sobre os sítios a afectar.
Localizado a Sudeste de Moura, o sítio Monte da Talabita 1, correspondente ao número de inventário 3 do Estudo de Impacte Ambiental, foi classificado como achados dispersos de cronologia pré-histórica. Nos trabalhos de prospecção então efectuados identificaram-se lascas de quartzito e elementos líticos com levantamentos, registando-se também a presença de alguns fragmentos de cerâmica incaracterística.
Como o traçado da conduta inicialmente previsto ia passar bastante próximo da área de dispersão de materiais, o plano de minimização de impactes previu a realização de sondagens manuais. Porém, na zona onde foram escavadas 6 sondagens, não se observaram materiais arqueológicos nem contextos antrópicos preservados à superfície.
Durante o processo de escavação foram identificados 3 fragmentos cerâmicos de cronologia contemporânea, 1 lasca e 2 possíveis núcleos de quartzo, mas não estavam associados a nenhum nível arqueológico. Esta situação prende-se quer com a fraca potência estratigráfica do local, quer com a lavoura mecânica, que poderia ter destruído qualquer tipo de vestígios antrópicos existentes.
Tendo em conta os resultados obtidos, que nos levaram a concluir que não existia nenhum nível arqueológico conservado, preconizámos o acompanhamento arqueológico permanente nesta áreas aquando da abertura das valas para a passagem das condutas.