Centro Histórico de Tavira

Face à empreitada de Execução das Infraestruturas e Requalificação do Espaço Público na Vila-a-Dentro, pela empresa Empresa Cunha Bastos, o acompanhamento arqueológico efectuado no Centro Histórico de Tavira enquadrou-se numa perspectiva preventiva e de minimização de impactes patrimoniais.

Durante os trabalhos foram abertas mecanicamente 51 valas e 2 por meios manuais. Observaram-se realidades arqueológicas muito fragmentadas, consequência de anteriores trabalhos de aberturas de valas para a colocação de infraestruturas, sem recurso a acompanhamento arqueológico.

As realidades arqueológicas associadas a estruturas foram registadas gráfica e fotograficamente e preservadas com geotêxtil e pó de pedra. Verificaram-se poucos contextos arqueológicos preservados, o que podia resultar do facto de a maioria das valas abertas seguir a direcção das antigas valas de infraestruturas de saneamento básico, águas pluviais e eléctricas. As estruturas e contextos identificados, parcialmente preservados, não foram possíveis de caracterizar (funcionalidade e dimensões) pelas reduzidas dimensões (largura) das valas.

As acções de supervisão bioarqueológica que acompanharam, em Setembro de 2009, as obras em redor da Igreja de Santa Maria detectaram restos humanos na forma de fragmentos de osso, pertencentes a vários indivíduos. Alguns dos fragmentos encontrados durante a limpeza das sondagens e dos cortes das mesmas foram recolhidos, tendo um pequeno número de elementos sido deixado in situ. Perante os dados disponíveis, e considerando que os trabalhos da obra não afectariam os restantes materiais, optou-se por deixar as evidências osteológicas permanecer in situ e preservadas até uma futura intervenção.

 

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