Rua de Santiago, 7-9, Lisboa
Entre 30 de Novembro e 11 de Dezembro de 2009, foram abertas três sondagens de diagnóstico no sentido de aferir da existência de condicionantes arqueológicas à alteração do projecto de reabilitação do edifício 7-9 da Rua de Santiago, em Lisboa. Refira-se que, em 2008, haviam sido realizadas duas sondagens em áreas a afectar, visando-se desta vez o diagnóstico de espaços distintos até à cota de afectação prevista (1,20 m).
Localizado na freguesia de Santiago, o imóvel situa-se em zona de nível 1 do PDM de Lisboa, bem como nas Zonas de Protecção da Igreja Paroquial de Santiago, do Castelo de São Jorge, das Cercas de Lisboa e na Zona Especial de Protecção do Teatro Romano de Lisboa. As sondagens registaram a presença de elementos estruturais e níveis de pavimentação associáveis a episódios ocupacionais do Palácio dos Condes de Ferreira e de Tentúgal (ou a pré-existências), enquadrados nos períodos Moderno e Contemporâneo.
Tal asserção foi coerente com as conclusões das intervenções realizadas pela ERA em 2008 (duas sondagens de 2x2m), conducentes à detecção de “contextos de aterro dos séculos XVI-XVII (sondagem 1) e estruturas de diversas funcionalidades (esgotos, caixas de esgoto) e cronologias na sondagem 2, merecendo referência um piso e um muro de época moderna.”
Como medida de minimização, propôs-se a remoção expedita dos depósitos estratigraficamente conhecidos até se atingir o topo das estruturas detectadas nas áreas das sondagens 1, 2 e 3, por forma a permitir uma leitura o mais abrangente possível do espaço. Após exposição em planta destes elementos arquitectónicos, proceder-se-ia ao seu registo gráfico/fotográfico/descritivo, assim como à sua avaliação patrimonial. Seguir-se-ia o acompanhamento arqueológico da obra ou, se a avaliação exposta acima o justificasse, à proposta e aplicação de acrescidas medidas de mitigação.