Quinta da Pimenteira, Monsanto, Lisboa
O trabalho de caracterização técnica e diagnóstico do estado de preservação do património integrado no edifício sito na Quinta da Pimenteira, Monsanto, em Lisboa, foi adjudicado à ERA pela empresa MCO II, S.A. e desenvolvido durante o mês de Abril de 2016.
O objectivo foi descrever, identificar e documentar o património histórico integrado no edifício da Quinta da Pimenteira, ao nível da azulejaria e pintura decorativa, definindo a sua relevância e extensão no seu contexto actual, assim como caracterizar o tipo e a intensidade das patologias existentes e suas causas e consequências.
De um modo geral, considerámos que o património azulejar estava em relativo bom estado de conservação. Tal deve-se ao facto de se tratarem de painéis interiores, cujo suporte (paredes do edifício) estava em significativo bom estado. A sua recuperação deveria assentar numa perspetiva de preservação de um documento histórico. Os métodos e técnicas de intervenção incluiriam, entre outras acções: a produção de informação e registo sistemático antes, durante e no final de cada uma das intervenções; a remoção de preenchimentos antigos e elementos irrecuperáveis; limpeza; a fixação e consolidação de vidrados e colagem de elementos fraturados.
Também as pinturas e o tecto se apresentavam, globalmente, em bom estado de conservação, não apresentando factores de degradação que obrigassem a uma intervenção de urgência. Contudo, salientou-se a dificuldade em comentar o estado de conservação da madeira na parte interna do tecto, cujo estado só poderia ser determinado após sondagem interna. O plano de intervenção visaria a definição de uma metodologia de intervenção individualizada e com base nas características observadas e aqui explanadas. Neste sentido, levar-se-iam a cabo, entre outras medidas: a revisão estrutural; a remoção e/ou desoxidação dos elementos metálicos e extracção de sistema eléctrico e luz de tecto; a imunização e/ou desinfestação da estrutura de madeira; a consolidação da estrutura.