Bloco de Rega de Baleizão-Quintos, Quinta do Castelo 6

Os trabalhos realizados no sítio de Quinta do Castelo 6 enquadraram-se numa perspetiva de minimização de impactes sobre o património cultural decorrentes da execução do Bloco de Rega de Baleizão-Quintos, revestindo-se de uma natureza de diagnóstico.

No local fora identificado, no decurso do acompanhamento de obra, um conjunto de manchas de argila de formas circulares e alongadas no substrato geológico. Tendo em conta a dimensão das incidências e a área de afetação, estabeleceu-se a realização de 11 sondagens manuais, totalizando 20,53 m2.

A intervenção teve como resultado a identificação de 10 estruturas negativas de origem antrópica (nove de planta circular e uma de planta irregular) e uma de origem indeterminada. As estruturas antrópicas identificadas foram organizadas em dois pólos: um primeiro localizado perto do sítio de Quinta do Castelo 5, composto pelas estruturas 1 a 6, e um segundo situado a este do anterior, composto pelas estruturas 8 a 11. Entre estes dois núcleos localiza-se ainda a estrutura 7, identificada a meio caminho dos dois sítios.

A interpretação de Quinta do Castelo 6 só fez sentido numa visão do conjunto composto pelos sítios de Quinta do Castelo 5 e, em menor medida, de Quinta do Castelo 1. Trata-se, portanto, de uma extensa área de ocupação da qual, devido às características da obra e às condicionantes das minimizações (unicamente realizadas dentro da área de afetação), apenas temos uma pequena amostra.

Esta ocupação, de acordo com os vestígios materiais identificados, existiria já desde época campaniforme (Quinta do Castelo 6), passando pelas épocas do Bronze (Quinta do Castelo 5 e 6), do Ferro, Romana e Visigoda (Quinta do Castelo 5), até à atualidade (Quinta do Castelo)

A envolvente da Quinta do Castelo é, portanto, ao longo de pelo menos 2500 anos, um pólo de atração para os grupos humanos que evoluíram no decurso deste período, adaptando-se às novas formas de se relacionar com o ambiente que o progresso humano foi criando.

 

 

 

 

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