Pavilhão Robillion e Sala dos Embaixadores, Palácio Nacional de Queluz
Os trabalhos de arqueologia realizados no âmbito do projecto de Recuperação e Adaptação dos pisos térreos inacabados do Pavilhão Robillion e Sala dos Embaixadores a cafetaria, auditório e apoio a eventos do Palácio Nacional de Queluz, Sintra, decorreram entre Agosto e Dezembro de 2015. O projecto pretendia reabilitar uma zona do Palácio que se encontrava encerrada ao público e dinamizar a oferta de serviços, envolvendo a recuperação e adaptação dos pisos térreos inacabados do Pavilhão Robillion e Sala dos Embaixadores, a cafetaria, auditório e apoio a eventos.
Precedidos de duas fases anteriores de trabalhos arqueológicos, os trabalhos agora realizados tiveram por objectivo a minimização da afectação decorrente do início dos trabalhos de construção civil antes da entrada da equipa de arqueologia em campo, para além do registo arqueológico de uma primeira fase de intervenção. Nesse sentido, contemplaram: o acompanhamento arqueológico permanente de picagem e desmonte de paredes; o registo de arqueologia parietal em todas as áreas para as quais estava projectada a remoção de rebocos, ou que se entravam já picadas; a realização do registo arqueológico dos contextos arqueológicos identificados no decurso da primeira fase de intervenção, nomeadamente no corredor da cozinha velha e na sala dos Arcos.
Realizaram-se também 4 sondagens arqueológicas manuais distribuídas de acordo com as áreas remanescentes a afectar pela empreitada, pretendendo-se caracterizar o potencial científico e patrimonial dos eventuais contextos arqueológicos presentes no local.
Considerando os resultados das sondagens realizadas, preconizou-se o acompanhamento arqueológico permanente de todas as acções realizadas por via mecânica ou manual, de forma sistemática e permanente que implicassem mobilização do subsolo (escavação) ou outras (por exemplo, levantamento de pavimentos, desmonte de paredes), que pudessem implicar eventual afectação de bens patrimoniais, na área de implantação das referidas sondagens, designadamente, corredor e Caves Dom Quixote.
Este conjunto de trabalhos arqueológicos permitiu registar contextos essencialmente associados à dinâmica de ocupação do Palácio Nacional de Queluz ao longo do tempo, verificando-se a sua construção sobre o substrato geológico local.