Cisterna da Fortaleza de Ouguela (Campo Maior)
Os trabalhos arqueológicos efectuados na Cisterna da Fortaleza de Ouguela, em 1999, foram adjudicados à ERA pela Câmara Municipal de Campo Maior, enquadrando-se no Projecto de Salvaguarda e Revalorização do Castelo e Fortificações de Ouguela.
Procurou estabelecer-se qual a planta total da cisterna, o seu modo de construção e como ocorreu o seu entulhamento, partindo-se de uma hipótese baseada em informações orais (de que a cisterna seria de planta rectangular e com escadaria de acesso do lado Norte).
Procedeu-se então a uma sondagem, cujos resultados seriam inconclusivos, bem como averiguar se as datações para a sua construção se encontravam correctas, sendo escassas as fontes históricas sobre o assunto. Utilizou-se também um método de escavação que individualiza todas as realidades encontradas, sejam elas estruturas, valas ou depósitos.
Com base nos dados cronológicos, e tendo Ouguela estado sob domínio espanhol desde 1662, levantou-se a hipótese de a construção da cisterna ter ocorrido durante esta ocupação, explicando-se a ausência de informação no Arquivo Histórico Militar português.
Com estes trabalhos cumpriram-se os objectivos inicialmente propostos, identificando-se a planta da cisterna na sua totalidade. No entanto, verificou-se que as dimensões da cisterna eram muito maiores do que as inicialmente propostas.