Amoreirinha 13 - Barragem dos Minutos
Os trabalhos de desmatação realizados na Amoreirinha 13, no decorrer da primeira fase dos trabalhos, puseram a descoberto estruturas que indiciavam uma ocupação humana do local. Assim, inicialmente foram realizadas duas sondagens cujos objectivos eram verificar a natureza dos vestígios arqueológicos e seu enquadramento cronológico e cultural.
Esta primeira intervenção, para além de não ter sido suficiente para esclarecer estas questões, suscitou novas interrogações devido à complexidade das realidades descobertas. Assim, efectuaram-se dois alargamentos: um para registar as relações entre as unidades documentadas em ambas as sondagens, e o outro para esclarecer uma estrutura detectada na superfície. Posteriormente, foi determinado um terceiro que abrangia a totalidade das intervenções anteriores, de modo a compreender os processos de transformação operados nas diferentes épocas neste sítio.
Os resultados indiciaram uma sequência ocupacional com transformações estruturais, mas sem aparente modificação funcional. Esta sequência está representada por diferentes fases de ocupação com modificações estruturais nalgumas delas, no total quatro momentos bem distintos. Dois desses momentos puderam ser enquadrados em cronologias recentes: Época Contemporânea/Moderna, nomeadamente a fase 4 e 3, correspondendo A fases 1 e 2 à Época Alto-Medieval/Tardo-Romana.
Os materiais arqueológicos obtidos resumiram-se a elementos cerâmicos (cerâmica comum e fragmentos de grandes recipientes), elementos de construção (telhas e tijolos com decorações simples), um instrumento metálico (um possível cinzel de pequenas dimensões), um fragmento de vidro, um peso de cerâmica e um cossoiro.
Como medida de preservação de estruturas e depósitos não escavados, a totalidade da área foi coberta com geotêxtil e aterrada com meios mecânicos.