Zona Industrial de Oliveira de Azeméis, Santiago de Riba-Ul
Entre 5 de Fevereiro e 4 de Maio de 2007, realizaram-se acções de acompanhamento arqueológico no âmbito dos trabalhos de construção de uma unidade fabril localizada na Zona Industrial de Oliveira de Azeméis. Estes compreenderam remoções de terras (criação de plataformas e valas de fundação para os muros de sustentação de terras) numa área de cerca 4900m².
Esta intervenção decorreu das prospecções arqueológicas efectuadas a 15 de Dezembro de 2005, durante as quais foram detectados 5 elementos de interesse etnográfico e 1 achado isolado. Não foram encontradas referências inequívocas da conservação do sítio arqueológico do Calvário. Como medida de minimização genérica foi proposto o acompanhamento arqueológico durante a execução do projecto de todas as actividades que interferissem no sub-solo, isto é, desmatação, escavação ou movimentação de terras.
Durante o acompanhamento arqueológico não se registou qualquer tipo de ocorrência de índole arqueológica, histórica e/ou patrimonial, apesar da possibilidade de aí ter existido o referido sítio arqueológico. Todas as evidências recolhidas poderiam mesmo indiciar que este local nunca teve uma presença humana efectiva. A atestar esta hipótese temos a cobertura vegetal anterior às campanhas de entulhamento do local e, também, os solos virgens, logo inalteráveis e sem quaisquer tipo de vestígios arqueológicos.
Apesar de uma vasta toponímia (como Picoto, Atalaia, entre outros), da sua localização, de domínio sobre a paisagem e de vestígios de uma cristianização do espaço, com a presença de um cruzeiro, que nos poderia remeter para locais de assentamento humano, não foi possível corroborar a ideia da existência neste local do denominado sítio arqueológico do Calvário. Aliás, este assentamento poderia ter sido já destruído pela instalação da zona industrial, tal como descrito no PDM.