Palácio da Rosa, Lisboa
A intervenção arqueológica efectuada na área do Palácio da Rosa, em Lisboa, no âmbito de um projecto de recuperação e remodelação do edifício e respectivo logradouro, decorreu entre os dias 28 de Maio e 12 de Junho de 2007. Estes trabalhos, enquadrados numa perspectiva de diagnóstico e avaliação do potencial científico e patrimonial dos contextos arqueológicos presentes naquele espaço, foram efectuados numa fase prévia à execução do projecto.
Assim, para esta fase, foi inicialmente prevista a execução de duas sondagens/poço de reconhecimento, escavadas manualmente. No entanto, face à presença de estruturas que impediram a continuidade da entivação, não foi possível atingir a profundidade programada, tendo-se realizado em substituição uma terceira sondagem/poço.
Estas sondagens/poço foram implantadas de forma dispersa pela área exterior do palácio (2 no jardim sobranceiro à Rua do Marquês de Ponte de Lima e 1 no espaço que dá para as Escadinhas da Costa do Castelo), procurando deste modo ter uma visão mais abrangente do potencial estratigráfico existente.
Assim, foi possível identificar, do lado da rua da costa do Castelo (sondagem 1), os vestígios de uma estrutura associada a níveis de aterro datáveis dos séculos XIX/XX, e outra associada a níveis de aterro datáveis dos séculos XVII/XVIII, ambas passíveis de identificar na cartografia de Lisboa.
Nas sondagens realizadas no jardim do lado da Rua do Marquês de Ponte de Lima, sondagens 2 e 3, foram também identificadas algumas estruturas: dois muros formando uma área compartimentada na sondagem 2, encostados por aterros datáveis do século XVII/XVIII, e outros dois muros também formando uma área compartimentada na sondagem 3, apresentando-se a datação para os aterros associados de mais difícil datação por falta de elementos conclusivos.