Linha do Alentejo – Troço Bombel/Vidigal/Vendas Novas/Casa Branca/Évora
O acompanhamento arqueológico efectuado no âmbito da empreitada de modernização da Linha do Alentejo, no troço Bombel – Vidigal – Vendas Novas – Casa Branca – Évora, decorreu entre 6 de Novembro de 2009 e 31 de Janeiro de 2011. Os trabalhos realizaram-se nos concelhos de Vendas Novas, Montemor-o-Novo e Évora.
Em caso de detecção de património arqueológico ou edificado no decorrer da empreitada, estava previsto o seguinte procedimento: solicitar a interrupção temporária dos trabalhos nesse local para avaliação do contexto em causa; comunicar essa detecção e suspensão para avaliação do contexto encontrado às entidades responsáveis; efectuar a descrição do contexto, o registo fotográfico e desenho à escala 1/20 com pontos georreferenciados.
Após o registo da ocorrência, o local deveria ser vedado com fita sinalizadora, reposta sempre que necessário, e ser definido um perímetro de segurança de 50 m (quando possível) em torno do sítio. Por fim, convocar-se-ia uma reunião no local com os representantes das entidades e com a tutela (IGESPAR), com o objectivo de determinar a necessidade da aplicação de medidas de minimização de impacte adicionais, bem como a sua especificação. Após a definição dessas medidas, seriam indicados os meios necessários para a sua aplicação.
No que concerne a evidências arqueológicas detectadas, foi recuperado um fundo de faiança decorado sobre terras remexidas que teria a sua cronologia inserida no período moderno, entre os séculos XVIII e XIX. Para além deste achado isolado, foi relocalizada uma anta/dólmen nas proximidades dos trabalhos, na freguesia de Santiago do Escoural (Montemor-o-Novo), próxima da localidade de Casa Branca.
O estado de conservação deste monumento megalítico era razoável, ainda que tivesse sido afectado pela presença de oliveiras em seu redor. Desconhecia-se a sua denominação, podendo tratar-se de umas das antas/dólmens identificadas e presentes na lista do endovélico do IGESPAR, denominadas por Casa Branca 1 ou Casa Branca 2. Em relação à empreitada, esta estrtura enquadrava-se num terreno de passagem para uma das frentes de trabalho, nomeadamente a Ponte da Prata.
A empreitada não afectou este monumento, situado a cerca de 100 m da linha ferroviária e 300 m de um caminho já preexistente aos trabalhos. Por este motivo, foi reforçada a atenção desta área durante as acções de acompanhamento arqueológico, principalmente no que respeitava aos trabalhos na mancha de empréstimo da Herdade do Olival. Em conclusão, esta empreitada não afectou qualquer tipo de património, quer arqueológico quer edificado.